Depois de uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo informar que a TIM estaria sendo negociada com Claro, Oi e Vivo, a operadora resolveu se pronunciar. Segundo a Telecom Italia, que detém a empresa, não há expectativa de venda da operação.

"A companhia informa que ambos os diretores e a Telecom Italia não têm qualquer conhecimento e não estão tomando parte em qualquer discussão que visa uma possível venda da companhia", disse TIM em comunicado.

De acordo com o jornal, o valor ainda não está fechado, mas poderia chegar a cerca de R$ 31,5 bilhões, o que seria o maior negócio da história do setor no Brasil. O número inclui R$ 30 bilhões e um bônus aos acionistas.  

Anatel deve regular possível venda, diz Proteste

A Proteste também emitiu seu parecer a respeito da provável compra da TIM. Em comunicado enviado à imprensa, a associação de consumidores afirma que o papel da Anatel será "fundamental para não haver prejuízos ao consumidor no processo de venda". A associação diz ainda estar acompanhando a negociação para saber quais os efeitos aos clientes da TIM.

“Esperamos que a Anatel acompanhe o processo e garanta que as empresas funcionem como sucessoras nos contratos já firmados com os clientes da TIM para que sejam mantidas as atuais condições contratadas”, defende no comunicado Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Proteste.

A Proteste ainda vê a compra como reducação da concorrência, o que "significa menor poder de negociação" para o consumidor em um "setor que lidera as queixas nas entidades de defesa do consumidor". 

A TIM é a segunda maior empresa do mercado de telefonia celular, com 27% dos clientes e participação nos pré-pagos de 83,5%.